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Archive for Janeiro, 2011

Beijing Bicycle

Olá sexta! Olá nullitos amigos!

O meu feriado vai começar (como se fosse um carnaval adiantado!) Então, TALVEZ, eu me ausente por oito dias, mas, pretendo fugir um pouco do tema e postar algo da Korea também (tô aqui, tô aqui!)

Bem, resolvi compartilhar com vocês o meu feeling deste filme que assisti na quarta-feira:

Bem, como alguns sabem, sou uma máquina de assistir filmes, este eu comprei em uma loja de DVDs falsificados. (Abre aspas, eu acho engraçado como eles montam grandes estabelecimentos, como lojas mesmo, e não camelôs, para vender DVD’s piratas na caruda, e mais, do lado da guarita da polícia que carrega uma plaquinha escrito: “PIRATARIA É CRIME!” Como disse um chinesinho da escola: “Vender coisa original que é um crime aqui na China!”.. mas voltando ao filme) Pois bem, tentarei fazer post dedicados aos filmes chineses que estou assistindo, e que muito provavelmente vocês podem encontrá-los na Video1 aí em Curitiba, ou em qualquer outra videolocadora moderninha (lê-se: cult). Só não baixa da internet que é feio, tá? cof cof.. Mas se não quiser assistir o filme não tem problema, só olha o video no youtube que já é legal. 🙂

Vamos ao filme então: A trilha sonora, como podem ouvir é daquelas bem gostosinhas, sem clichês de óperas chinesas, e a fotografia também é muito boa, mas, o que me irrita durante o filme é o personagem principal (talvez porque eu seja mulher e goste de fazer barracos e gastar as minhas 10 mil palavras diárias), pois ele é daquelas típicas pessoas que passam a vida toda apanhando, caindo, levantando, MAS NÃO FALAM! Talvez porque eu esteja acostumada com o barraco da rede Globo, mas chega a ser agoniante a atitude do rapaz, do tipo de jogar o DVD pela janela e ir lavar roupa (tá, isso não está convencendo vocês a assistir, né?).

Bem, eu costumava andar de bicicleta por alguma das partes que aparecem no filme (no trailer, é o momento em que o garoto está pedalando feliz da vida com o paletó em uma das mãos), e caminhar por essas ruelas, as famosas Hutong, inclusive, a minha escola é em uma Hutong próxima a essa região.

– Voltando ao filme – é sobre um garoto que vem trabalhar em Beijing em uma empresa que faz entregas de bicicleta. A empresa empresta uma bicicleta muito bacana para seus funcionários, e quando eles tiverem trabalhado o suficiente para pagá-las, a bicicleta passa a não mais ser da empresa. E quando a bicicleta passa a ser do rapaz, vocês já até conseguem imaginar o que vai acontecer: ele é roubado, é óbvio. Pobressito. Mas o garoto muito do sabido, marcou a sua vaquinha, e então sai pela pequena Beijing atrás da sua magrela e do seu emprego de volta. E é claro que para a nossa não surpresa, ele a encontra nas mãos de um pseudo-plaboyzinho, o que vai lhe render muita porrada de graça e cenas de “arghhh não seja burro meninoo!”

Apesar da minha agonia toda, eu achei um tanto interessante, principalmente por não ter aqueles finais felizes Hollywoodianos. Então, se você quiser fugir dos filmes americanos, fica a dica pro final de semana.

Anitão não vai assistir filmes durante o final de semana, está dando um tempo da China e das bicicletas. Ela chegou sã e salva em Seoul (Y) e vai tentar não se ausentar.

Anitão posta agora em outro blog: Joanitas

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As dores do dia seguinte..

E em mais um começo de madrugada vos escrevo com as dores nas costas de uma velha ranzinza de vinte e dois anos. A nostalgia me abateu, mas as dores, não são de emozice não, tá? São porque no último domingo eu fui esquiar! Yulpi! Quando eu tiver as fotos eu posto pra vocês darem uma olhada na minha pose marrenta de quem apavora na pista de iniciantes.

Pois bem, durante a minha juventude eu fui uma garota muito nerd, (okay, eu ainda sou meio nerdona) e como bem sabem, nerds e esportes é uma combinação meio água e óleo, ou seja, NÃO combinam. Até me lembro de uma olimpíadas do Colégio Dinânima em que fui obrigada a fazer parte da equipe de vôlei do time azul, do contrário, perderíamos por W.O. Eu jurei de pé junto que era menos vergonhoso perder por W.O. do que me ter no time. Não deu outra. Perdemos sem dignidade. E desde então eu me convenci que eu sou uma negação para esportes e passei as minhas aulas de educação física no cantinho obscuro da quadra com a bola murcha de vôlei jogando “3 cortes”.

E foi nesse domingo então, enquanto estava eu a fechar o zíper de meus trajes alugados de esqui, e pensamentos do tipo “eu vou me esborrachar inteira, pagar o maior micão, vou tropeçar e cair com esses sapatos de esqui sem nem mesmo ter o esqui preso nele, e todo mundo vai rir da minha cara, devia ter ficado em casa dormindo.. o que eu vim fazer aqui???” (sabe quando você sonha que estava pelado a escola?? Apesar que, eu nunca tive esse tipo de pesadelo..) que eu mudei de ideia.

É óbvio que não deu outra, pelas primeiras horas de aprendizado eu estava com a bunda na neve artificial e as pernas trançadas no ar. Mas fui persistente, com muita dificuldade me coloquei de pé novamente e desci morro abaixo (morrinho da pista de newbies, é claro), e caí mais uma dezena de vezes. E então eu comecei a observar as pessoas que desciam e rolavam morro abaixo também, e percebi que entre nós havia algo em comum: nervosismo. E aí estava a resposta para a minha péssima habilidade esportiva, não é (só) pela minha falta de coordenação, é mais pela minha insegurança. Eu parei de me preocupar em estar indo rápido demais e ficar tentando frear (apesar de que eu devia ter continuado praticando o freio) e parei de cair. E dalí a algumas descidas eu já sabia até zigue-zaguear propositalmente.

No final da tarde, eu e meu amigo colombiano newbie no ski também resolvemos que já eramos pró no ski e fomos nos aventurar na pista de gente grande. Péssima ideia pra quem não aprendeu a frear apropriadamente. Me esborrachei três vezes, e até levei um chinês que não tinha nada a ver com a história para o chão também. Coitado.

já que não tem foto, divido uma página do meu projeto pessoal, um diário ilustrado inspirado nos blogs de “o que eu vesti hoje”

um zoom do desenho: eu levando o chinês para o chão (mas ele não usava gorro verde.. haha), foi quase assim mesmo, o esqui dele até saiu do pé. A pior coisa de cair com os esquis nos pés é que você fica nas posições mais constrangedoras possíveis.

Depois dessa pequena aventura, eu e o Rafa decidimos que a gente deveria voltar para a nossa pista e treinar o freio. Voltei pra casa com a bunda doendo de tanto cair, só hoje estou conseguindo sentar apropriadamente na fente do computador para postar no blog (cof cof..)

Conclusão: apesar de todos os tombos, eu não sou a pata que me fizeram acreditar que eu fosse! E se você que está lendo o blog era/é uma daquelas pessoas mega playboy, esportistas e intimidantes que apavoravam no vôlei no ensino médio: vaitománomeiodoolhodoseucu!

É isso então. O domingo foi divertido e pouco chinês.

Anita achou seu novo esporte preferido. Agora ela só queria ser rica e morar nas Europas..  E  ela acha que o esqui é mais saudável que vôlei – trauma de infância. (e aqui na China, o sinal que ela faz não significa “tomarnocú”, é “okay”.. mas.. )

Anitão posta agora em outro blog: Joanitas

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Ó pátria amada, idolatrada, salve salve!

Olá olá amiguinhos! Aqui estou, ainda viva, forte e um pouco preguiçosa.. pordoem-me pelo meu desleixo e falta de atenção com vocês, ó, queridos leitores (quemm?!? cri cri cri…). Mas como eu havia postado duas vezes em uma semana, eu me dei a anterior de folga, tá? (cof cof.. )

Pois bem, começaremos pelo começo que é sempre o melhor ponto de partida a se começar (?). Como bem sabem, eu frequento, embora não religiosamente, aulas de mandarin, vulgarmente conhecido com chinês, pelo período da manhã. E hoje na aula meu professor que é um beijingnês nativo estava falando novamente dos costumes orientais. O que muitas vezes me deixa PAS-MA com tamanha ignorância. Vou separar por tópicos para facilitar vossa leitura. Mas antes de prosseguirem e baterem com a mão na testa, lembrem-se que cultura não se julga, se dá risada. E só, hein?!

– Branqueza de neve – Como bem sabem, ou não, os asiáticos são conhecidos como seres “amarelos”, no entanto, eles odeiam a sua cor “bronzeada”. Eles usam guarda-sol de dia e de noite e os cremes “clareadores” forram as prateleiras dos mercados. O motivo da branqueza toda? É simplesmente por ela ser associada a pureza e higiene da pessoa. Dica quente: você não é bonito mas é branquinho?? Vem pra China! Irá fazer sucesso com as chinocas! Não é bonito mas também não é cara-pálida? Vem também! Em geral elas acham que pessoas ocidentais tem dinheiro, logo, você também será um AH-RRA-ZON!

“- Ipanema? Tomo sol na laje meerrmo!”

Já em alguns lugares, bronze é sinônimo de saúde, né Gê?

– O verde corno – Outro assunto da aula de hoje: “.. então, chineses gostam de branco porque eles podem ver a sujeira. E de preto porque esconde.. mas, porque chineses não gostam de verde?” – Perguntou meu professor. Eu disse que não fazia ideia, e então ele continuou – “..bem, simboliza natureza e tal né? Mas, chineses não usam muito verde porque é difícil de combinar (??) e também.. porque quando você usa um boné, ou um chapéu verde aqui na China, significa que o seu namorado/a tem outro/a! (?!?!?!?) Então ninguém usa, porque senão vira chacota (tradução livre minha).. inclusive durante os jogos olímpicos havia uma equipe de algum país que não me recordo agora que usavam boné verde como uniforme, aí a chinesada ficava rindo..” – Vai entender né.. acho que é tipo quando algum apresentador babaca do SBT faz uma música do tipo “meu pintinho amarelinhoo.. ” – não faz sentido algum! Ou faz? (Clica que aqui explica)

– Não ofenda o Panda – Dia outro estavamos, eu e o prófe, corrigindo uma das minhas lições de casa, e agora não me lembro muito bem como explicar o exercício gramaticalmente, mas, era um “complete a frase” e eu completei algo do tipo “o Panda do zológico é.. muito preguiçoso.” E o professor disse – “muito bem! (havia uma complexidade gramatical hein! não zoem!) A frase está certa.. mas.. você só pode falar isso se você for ocidental. Porque veja, o Panda é um símbolo nacional, então se você disser pra um chinês que o Panda é muito preguiçoso, é como se você dissesse que eles são muito preguiçosos. É claro que eu não ligo, mas você tem que tomar cuidado quando diz essas coisas.. então, diga que o Panda é bonitinho, é forte.. ” – Segundo ele, chineses não tem senso de humor e levam pro lado pessoal, então assuntos tabu: Mao, comunismo, ofender os Pandas (acho que os Pandas estão para os chineses assim como as Vacas estão para os indianos. Ou não.), e algumas outras que não me recordo. Mas o fato é que chineses evitam esses tipos de piadinhas porque eles não querem problemas para o lado deles.

– Daqui chinês não sai – E por fim, eu comentei uma vez que iria para Seoul – Korea do Sul – durante o Festival de Primavera (Ano Novo chinês – que é semana que vem! :D) E então ele, ainda o prófe, disse: “- ó! Eu gostaria de conhecer a Korea.. mas, pra chinês é muito “saco” de ir”. E eu perguntei se era porque eles não falam a língua ou se é porque é caro, e ele disse que não, que era porque eles precisavam de visto. Chineses precisam de visto, ou entradas especiais, para qualquer lugar fora do país, até mesmo Hong Kong, Macau ou Taiwan, lugares que em teoria, fazem parte da China. (Segundo o Wikipedia, exceto para alguns lugares como Dominica, Sri Lanka, Federação dos Estados da Micronésia, Tuvalu, .. .. .. (mepoupené!)). Ou seja, eles são incentivados a não sair do país e a não aprender inglês. Por exemplo, eu fico de cara quando os funcionários de lugares como uma livraria chamada “foreign language bookstore” fazem cara de paisagem quando eu pergunto pela seção de “travel books?” -Trrrú-é-vôul?? – Não precisa saber cantar “I like big butts and I cannot lie..” né… mas, algumas palavrinhas-chaves, como as seções de uma livraria para estrangeiros era bacana saber né? Eu pelo menos me sinto no direito de ir ao McDonald’s e pedir pelo “number FOOUR with ISPRÚAITE” e não receber o menu pedindo pra apontar para o que eu quero. Mas, se é tão difícil assim sair do país, qual é o propósito de se aprender a falar inglês afinal? Para atender os ocidentais babacas que não querem se esforçar para aprender algumas palavras em chinês e que são tão egocêntricas a ponto de achar que o idioma oficial e de sobrevivência é o inglês? Talvez.

Enfim. Chineses e suas manias. Bora respeitar e comprar um dicionário eletrônico.

(só pra descontrair.. hahah)

Anitão promete nunca mais reclamar de ter um passaporte paraguaio. Poderia ter sido pior.

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Série: Você sentirá ânsia.

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Não saber sobre países europeus? Ok…

Não saber sobre idiomas europeus? Ok,  afinal holandês é uma palavra que não faz menção direta a nenhum país, magina… #ironia

Itália? Jesus Luz!!!!

AGORA!!!

Não ter visto a porra da última Copa do Mundo vivendo no país do futebol? Vão à merda.

Segue essa façanha:

“Ôloco meu!”

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Sassá

oriental é tudo igual?

Surpresa surpresa! Eu aqui, pela segunda vez essa semana! Há! Não contavam com a minha astúcia, né? Nem eu.. mas resolvi postar logo antes que eu esquecesse e que o assunto ficasse velho..

Como vocês já perceberam em muitos posts, eu sou uma cidadã de nacionalidade duvidosa, nascida no Paraguai, e descendente de chineses, não podia ser boa coisa né. Afinal, o que eu sou? Eu acho incrível a vontade que as pessoas tem de rotular todos os bois desse mundo afora. E eu confesso que nunca havia me sentido em crise antes, pois na terra da garota de Ipanema é normal as pessoas terem um surubão internacional em sua árvore gineco genealógica, mas no final tudo terminar em pizza.

E é engraçado que aqui, na China pelo menos, existem dois tipos de pessoas: os chineses, orientais em geral; e os americanos, qualquer pessoa com traços ocidentais. E qualquer outra nacionalidade vira um “OHHH!” e blábláblá, perguntas perguntas, fotos fotos. E isso não é ignorância chinesa não minha gente, a maioria dos europeus que eu conheci fizeram uma cara de “hein?” quando eu disse que era brasileira, e não chinesa. (“mas.. eu achei que você fosse paraguaia..” )

E por mais brega que seja, eu acredito que a nossa nacionalidade, mais do que impressa em documentos e nos aspectos físicos, ela é aquela que o nosso “coração” é. (ohhnn!! coraçãocoraçãos2) E bem, eu não nasci no Brasil, não sei jogar futebol (mas sei o que é impedimento!), não sambo no carnaval, não como arrozefeijão religiosamente e nem votei na Dilma. Mas, eu sou mais familiarizada com a cultura brasileira do que com qualquer outra. Então eu me sinto no direito de dizer que sou brasileira, óqueiqueridos?

No entanto, tenho uma confissão a fazer! Eu também acho que oriental é tudo igual, e não sei dizer a diferença de chinês, koreano, viatnamita, japonês e por aí vai. E apesar deu achar os ocidentais de aparência mais diversificada, também não sei distinguir as nacionalidades. Então fui procurar no google! (nerd mode ON) Eu sei, eu sei, parece piada. Mas eu procurei mesmo e dei muita risada quando eu vi discussões no yahoo perguntas, e pessoas dizendo piras particulares do tipo “japonês tem olho mais puxado, chinês é mais moreno, e koreano tem a cara amassada…” E o melhor site que eu encontrei foi o AllLookSame, que tem vários quiz para você testar as suas habilidades de rotulação.

Esse aqui por exemplo é bem legal, tem foto de chineses, koreanos e japoneses em ordem aleatória, e você tem que dizer o que a pessoa é.

E aí, chinês, japonês ou koreano? resposta no final do post!

E para a minha surpresa, eu fiquei abaixo da média no quiz! haha

Se você estiver interessado é só entrar no site, fazer um cadastro rapidinho e responder ao quiz. Se não tiver saco de fazer cadastro, pode usar o meu! (sou gente boa pracarai hein)

login: joanitas   senha: nullitos

E você, acha que a Anita é: a) chinesa b) paraguaia c)brasileira d)viatnamita e)todas as anteriores f)outro

Anitão não sabe de mais nada sobre nacionalidades e orientais, mas ela comprou um bonsai e está feliz da vida. – E se você respondeu chinês, acertou.

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Ano novo em Shanghai

Alô alô 2011! Como vão vocês?

Pois bem, ausentei-me durante essa semana pois estava em Shanghai! Eee.. maravilha! Para quem não sabe, Shanghai é a New York da China, coisa fina mesmo. Ainda tem pessoas que cospem pelas ruas, mas são poucas.. e o melhor de tudo! As pessoas esperam o sinal de pedestre ficar verde para atravessar! E os carros furam menos o sinal vermelho. Quem conhece as minhas habilidades barbeirísticas sabe que eu adorava sair buzinando pelas ruas curitibanas, mostrava o dedo mais comprido, jogava luz alta, mandava beijos e o escambau a quatro. Pois bem, depois desses últimos 3 meses chineses eu passei a DETESTAR , em vermelho caixa alta negrito e sublinhado, a tal da buzina. Se uma Anita no trânsito é irritante, imagine 17 milhões de pseudonitas em Beijing. “Não faça com os outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você.” Ok, eu aprendi a lição. E em Shanghai, existem uma quantidade reduzida de motoristas anitando pelas ruas.. foi um alívio para os meus ouvidos..

Vamos lá então, sem essa baboseira de Feliz Ano Novo, saúde, paz e sacanagem, que já é dia 4. Iniciarei meu diário shanghaiano com direito a fotos minha gente.

29 de dezembro 2010

– Embarco no meu trem chinês as 22h09, com direito a triliche e “cama dura”, que na verdade é tão boa quanto a cama do meu apartamento (ou seja, dura). A disposição era basicamente: nichos de 3 camas empilhadas, repetidas ao longo de um corredor. O problema é que o espaço era tão pequeno entre uma cama e a outra, e o teto, que eu que sou baixinha tive que ficar toda notre-dame para conseguir ficar sentada, e lá pelas 23h a luz se apagou, então a única opção era ficar deitada, e dormir.

a foto é pessima, mas dá pra ter uma ideia mais ou menos da muvuca que é o trem.

30 de dezembro 2010

olha só quem me recebeu na plataforma do trem!

Cheguei em Shanghai sem muitos problemas, fiz o check-in no albergue (R$15,00 a diária!) e conheci uma garota chinesa de Shenzhen, aí ela se convidou e fomos juntas almoçar. Depois de eu praticar meu chinês fui ao “The Bund” que é a atração mais famosa de Shanghai, e o meu lugar preferido da cidade.

aí eu pedi pra um chinês tirar uma foto pra mim. Olha que linda! Que enquadramento! Que cabelo!

O legal é que de um lado é cheio de prédios de arquitetura européia, e do outro lado, é todo modernão e brilhante. À sugestão de uma colega da Hutong School, eu peguei o trem que atravessa de um lado para o outro. E a descrição dela era como uma “montanha-russa mas sem os sobes e desce, em um ambiente todo fechado e com várias luzes.” Foi a coisa mais bizarra da viagem. Até fiz um video que pretendo por no Youtube em breve.

O lado europeu de Shanghai..

E quando você atravessa para o outro lado, esta é a vista para o lado que estava eu antes.

E então eu fiquei dando um tempo do lado moderno até atravessar novamente. Tomei um cafezinho no Starbucks, um cara fez um retrato meu (uma versão completamente ocidental minha.. haha) e passei bastante frio. Peguei o trem bizzaro devolta a cidade. Fiquei passeando então, e mais além voltei para o albergue. Aí eu fiquei me localizando no mapa e pesquisando quais atividades faria nos próximos dias, até 00h mais ou menos, e fui para o meu quarto dormir. E para a minha surpresa, a garota chinesa com a qual eu havia almoçado, aparece trebada no quarto e regurgitou ali mesmo. Quem estava dormindo foi acordando por causa do delicioso cheiro que ficou no quarto e eu só fui dormir direito lá pelas 3h..

31 de dezembro de 2010

Acreditem se quiser, Anitão acordou cedo no último dia do ano, 7h30, e foi pra Igreja! Eu havia lido no guia sobre a SheShan Cathedral que ficava em um “morro”. Não era tão alto. Mas eu gosto de morros e de lugares afastados da cidade com poucos turistas. E lá fui eu, peguei metrôs, moto taxi e cheguei na belezinha. O lugar estava bem vazio, aí eu fiquei por um tempo pensando nos meus pecados e observando o porteiro a brincar com a sua dentadura. Quinze ou vinte minutos depois começaram a aparecer turistas e eu resolvi que era a minha hora de sair.

O lugar não é simplesmente bonito. Mas o que me deixou impressionada é o fato de ser uma igreja católica no alto de um morro na China.

tadinho.. o anjinho ficou de castigo..

E depois voltei ao centro da cidade.. Desci do metrô no People’s Square, e passeei aos redores do parque. Vi uma exposição em uma galeria anexa ao Shanghai’s Art Museum. E mais tarde foi ao Xin Tian Difang, que é nada mais que uma região elitizada com lojas como Tiffany’s & Co. Louis Vuitton.. e etecetera e tal. Aí eu aproveitei pra me comprar um casaquinho porque eu estava com MUITO frio e achei que lá não estaria tão frio assim porque estava só 1ºC na previsão.. Erro de principiante..

Shanghai’s Art Museum – Eu adoro o contraste do “velho e do novo”

Voltei para o albergue, tomei meu último banho do ano e comi meu último Mc Donalds do ano. E depois fui me juntar a chinesa bêbada para a comemoração de final de ano. Fomos ao The Bund para ver se haveria fogos, não tinha, então o plano era ir para uma outra festa. Mas o taxista que o meu grupo pegou parecia estar bêbado, então desistimos da festa e voltamos pro albergue, dormir.

Não sei quem são, não sei quem tirou a foto. Mas foi engraçado.

Feliz ano novo!

01 de janeiro de 2011

Comecei o ano com longas caminhadas pela cidade. A começar, fui ao mercado de insetos, peixes, flores, e também ao “mercado das pulgas”. Foi uma caminhada bem gostosa e bem interessante.

grilos – alguém quer comprar uma sorte? haha Eu até fiz um video do barulho insuportável..

Até os aquários chineses são super povoados.. fiquei com dó. De verdade.

Sabe todas aquelas tranqueiras que você vai empilhando na sua casa porque você tem dó de jogar fora e acha que um dia pode ser útil? Então, em alguns anos, você pode abrir a sua barraquinha de antiguidades!

Passeando passeando, vi essa vitrine que não podia deixar de clicar. Reconhece algum deles?

Para finalizar a noite, eu caminhei por duas horas depois da janta ao longo do The Bund.

02 de janeiro de 2011

Fiz o check-out. E fui no antigo mercado da cidade. Aqui sim é bem chinês. Telhadinhos familiares, luminárias laranjas penduradas por tudo quanto é lado, vários “camelôs” e é claro, muita gente! O que me deixou bem irritada.

Muita gente e telhadinhos

“EMOO!” Ok eu sei, mas eu gosto de sair na foto também! –  Yu Gardens. Lugar bonito, mas.. eu tô meio de saco cheio desses lugares “templo”.

Depois fui em uma loja de material de desenho e me comprei vários markers da marca Tomb e Prismacolor, e canetas Stabilo, com R$37,50 (12 markers, 7 Stabilos, 3 pincéis e um estojo de brinde!). Um verdadeiro arrego minha gente! Em Curitiba, na Grafitti, eu consigo comprar só 3 markers com esse dinheiro. Só não saí tão feliz da vida da loja porque eu gritei com a atendente porque ela ficava falando em um dialeto de Shanghai que eu não conseguia entender, e ela continuava repetindo a mesma coisa como se eu fosse chinesa (e eu não sou!), aí eu fiquei com raiva e gritei “EU NÃO CONSIGO TE ENTENDER” (em inglês, obviamente). Aí a loja toda olhou pra mim, e ela deu uns 3 passos pra trás e ficou me vigiando de longe.. haha

Aliás, eu desenvolvi uma nova tática para evitar todo aquele “você é brasileira?! Mas você parece chinesa..” Eu passei a dizer que sou koreana. E todo mundo só faz um “ahhhh” “Ok, faz sentido ela não falar chinês, e ser oriental”.

como eu ainda tinha tempo. Fui dar uma conferida nessa igreja. Sei lá né.. ainda preferi ficar andando pela cidade.

Eu sei, tem foto de tudo. Mas eu fiquei tão feliz quando vi essas bikes bonitinhas. Pra quem não sabe, meu projeto final da PUC foi uma bicicleta, e eu fui assaltada por causa de uma bicicleta. Então passei a gostar de bicicletas..

E obviamente, fui ao The Bund me despedir. Eu gosto de ficar observando as pessoas. Aí eu fiz uma seção dos turistas posando.

Voltei para o albergue para pegar as minhas coisas, fui para a estação de metrô, e voltei para Beijing. Fim.

E pra quem tá pensando em fazer uma viagem bacana dessas: “Quanto custa, Anitão?”

– Passagens de trem, ida e volta 641RMB

– Albergue: 180RMB/ 3 diárias

– Comida, entradas, taxis e passagem de metrô: 388RMB (incluindo cafés do starbucks, e caminhando muito, obviamente)

Total: 1209RMB / R$302,25 Não é megaaa barato, mas também não é nada caro para uma viagem de 4 dias. O post já está grande demais.. então, se um dia você planeja visitar Shanghai, já sabe quanto vai gastar por baixo. Mas tem que vir pra China primeiro 😉

Anitão se sente mais ocidental depois que voltou de Shanghai. E às vezes, koreana. Ela escondeu a sua versão malígna em um lugar que ela não precisa encarar.

Anitão posta agora em outro blog: Joanitas

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